quarta-feira, 21 de julho de 2010

As vezes eu sinto uma imensa vontade de flutuar, de me sentir leve, tão leve e transparente a ponto de desaparecer. Eu queria voar tão alto, e me deixar cair, na velocidade da luz, ouvindo o ar entrando em meus pulmões, eu queria tanto amar a minha vida toda, sem nenhuma exceção, sem lembrar de partes ruins, de sentimentos sombrios. Queria, além de ser, me sentir realmente livre, e além de tudo precisar somente de mim mesma, de mais ninguém. Eu gostaria de viver intensamente cada momento, não só metade dele. Gostaria de focar toda a minha atenção apenas para o que eu quero, e eu queria ler minhas expressões como traduzo pensamentos de livros. Eu queria poder deixar todos à minha volta, abandoná-los sem sentir nada. Queria controlar meu choro, impedir meu sorriso, e saber dizer a resposta quando perguntam, queria poder fala que não sei o que é certo e o que é errado. Eu queria sumir, queria desaparecer, viver sozinha. As vezes eu sinto vontade de ser feliz somente comigo mesma, e de encontrar a paz em mim própria, sem precisar de outros abraços e sorrisos, eu queria poder ser singular, fria e obscura. Sem sofrer em vão com cada verso dito. É, as vezes eu gostaria de ser assim, mas as vezes eu realmente amo todas as sensações que meu ser tem, com apenas olhares, palavras e risos.

domingo, 18 de julho de 2010

Meu vazio

Eu tento seguir, você me falou para ser feliz
Mas como eu posso caminhar assim, se você nem me deixa tentar
E por mais que as ondas quebrem nas rochas, eu não as escuto
Agora o mar para mim é pequeno, e as enormes ondas
Não me assustam, meus pés flutuam pelo vazio que ficou,
Eu me sinto frágil, e não tenho mais nada à dizer.

Por favor, vire as costas e me deixe, como você fez aquele dia
Eu prefiro viver desse jeito, do que passar os dias ao lado de alguém
Que não sei quem é, e pelo jeito nunca soube.
Adeus meu querido, por mais que as lágrimas corram,
Eu estou seguindo, irei embora, e não pretendo voltar,
Nunca mais.

O céu está ensolorado, e meu rosto está triste
Minha expressão não mudou,
E fiquei indiferente, desde aquelas suas palavras,
O pranto do sol continua caindo sobre mim,
Mas eu posso continuar, e vou seguir
Sem seus sentimentos obscuros e complicados.

- minha autoria.

sábado, 17 de julho de 2010

Singular

Desistir ou tentar, agora não tem mais importância, me sinto ausente, e meu horizonte está escuro [...]