quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu mergulhei, caí, me encontrei perdida, perdidamente apaixonada por você. Então foi assim, tudo foi como era pra ser, o amor surgiu e fez da minha vida algo indescritível.
Espere, as lágrimas estão caindo, o sangue escurece meus olhos, meu coração não fala, e eu nem escuto mais a minha presença. Não, não é para sempre, nada é pra sempre, suas palavras mal ditas, e suas promessas não cumpridas deixaram isso bem claro. Minhas mãos tremem, meus pés não confiam mais no chão onde pisam, agora, as paredes não são suficientes. Por favor, você pode ir embora, para bem longe, suma e finja que nada aconteceu, porque só de lembrar de ontem, eu me despedaço, por favor, esqueça, eu estou pedindo, tire seus braços de minha volta.
Ontem à noite, eu olhei para o céu, sem estrelas, estava muito frio, e o vento cortava meu rosto. Eu sorri, para o tempo, para a noite, para o abismo que me espera, não há mas nada que eu possa fazer. Meu coração quebrou. Não existem mais lágrimas em mim, meu eu interior morreu. Pois você deixou tudo no vácuo, então levou o que eu tinha, e eu não quero mais isso. É perigoso ter muito a luz do sol, pois a lua sempre ai aparecer, e as nuvens o cobrirão, o horizonte está aos pedaços.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Mentiras.

Cubra os olhos, o fogo está muito, eu não suporto mais. Fuja, faça alguma coisa, nem eu quero mais viver sob tudo isso. É triste, quando você percebe que sua base era uma ilusão, que suas palavras eram falsas, as promessas eram apenas conversas e tudo era uma grande mentira. Que eu mesma contei.
E como eu posso dizer que minhas verdades ninguém mudará? Se eles nem sequer sabem das mesmas? Sim, eu menti, e para quem diz que a mentira não dura muito, eu discordo, pois minha vida toda foi uma mentira, e muito bem contada. Como uma melancolia falsa e escura, minha vida sempre esteve entre parênteses, como eu, então as mentiras estão aí. E ninguém poderá dizer o contra. Pois, por mais que sejam tudo mentiras, elas estão à mostra, mas eu percebi, ninguém quer descobrir a verdade de qualquer jeito! Então vou correndo com minhas folhas, meus livros, meu coração e minha razão mentirosa.
O gelo continua intacto, o fogo está queimando. Veja, a história de Romeu e Julieta era tão verídica? E o veneno era mesmo veneno? Porém, o final feliz sempre é feliz? Não poderia ser o verdadeiro final? Pois toda a verdade é triste, e toda a mentira esconde um algo mais.

sábado, 12 de junho de 2010

- Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível. Não preciso passar uma imagem boa aos desconhecidos, de qualquer forma são desconhecidos, e eles sempre vão tirar uma conclusão insignificante e precipitada, não mudo meu jeito por não gostarem dele, e nem penso da forma que os outros pensam, odeio receber criticas, e quando recebo, ignoro, só quem sabe de mim sou eu. Não me derrubo facilmente, existem poucas maneiras para me deixar no chão, e uma delas é mexer com alguém que gosto, ou brincar com meus sentimentos quando estou sendo sincera. Não suporto falsidade, acho uma falta de caráter. Desprezo o supérfluo e o desnecessário, deixo para trás o que não me faz bem, e o que não me faria falta alguma. Não vou fingir quando não gosto de algo, vario como as estações do ano, e meu humor depende da cor do céu, de como eu acordei hoje. Sou complicada, estranha, reconheço isso, também sou chata, e posso ser até antipática, e eu mudo, tudo vai depender de como eu vejo as coisas, de como eu enxergo certas pessoas. Mas com quem eu amo, eu sempre vou tentar me acertar, porque esses tem um certo 'poder', que pode me fazer desmoronar, porque eu realmente necessito de algumas pessoas à minha volta.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pequeno eterno instante.

Num pequeno instante, de um olhar encantado, a magia começou, o universo se abriu. E eu caí em sonho maravilhoso. Me encontrei centrada, o que eu não havia à muito tempo, e assim, até mais tarde, tudo continuava incondicionalmente perfeito. Os sorrisos que ao longe trocávamos, as palavras que dizíamos, os sonhos que compartilhávamos, tudo em um só instante, juntos, eternamente, para todo o sempre. Mas esquecemos, que o pra sempre, sempre acaba, que as promessas não são cumpridas ao todo, e alguns planos mudam.
Então aquele pequeno instante, virou passado, e você, virou apenas um conhecido, fazendo parte de algo que terminou em vão. As lágrimas lavam meu rosto, lembrando dos meus sorrisos, e dos olhares indiscretos, de nós dois, juntos. As estrelas caíram da imensidão, e tudo se foi. O que me resta é viver, guardar meus sonhos, deixar para depois.
E aquele instante, esse sim, ficará para sempre na minha memória, no silêncio da noite, se repetindo em meus sonhos. Com um pequeno drama, nossa história se apagou, é, os planos ficaram para depois, e o amor, o amor caiu, desapareceu, por breve momento, que se fez eterno num final triste.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Promessas

Me desculpe, não era a minha intenção, eu sinto muito, mas eu precisava de algo mais concreto.
E sim, a culpa caiu em mim, e, me arrastou para o abismo escuro, onde meus sonhos não aparecem. Por favor, quando chegar a minha hora, perdoe minhas promessas quebradas e minhas histórias inacabadas. Perdoe minhas escritas masoquistas, e, me desculpe novamente, por não estar mais lá.
Meu castigo está aqui, meus castigo foi concedido, ao invés da morte, terei que viver com meus pesadelos diurnos, tendo que esperar a noite, para deixar meus arrependimentos enquanto sonho.
Sonhos que permaneceram escondidos, até que a luz do sol me invada novamente, e eu me permita fazer promessas, que dessa vez serão cumpridas, não esquecidas.
Anestesiada

Anestesiada, eu vejo pessoas passando,
Enxergo seus rostos vazios,
Seus olhares indiscretos.
Ouço as risadas, pessoas gritando
E falando comigo
Eu respondo automaticamente,
Como eu robô.

Para mim, agora anestesiada
Nada importa,
As pessoas à minha volta
Podem sumir, e não farão falta alguma.

Minhas perspectivas morreram,
Os amores se foram,
E eu não sinto mais nada,
As amizades enfraqueceram, e,
Eu não posso resgatá-las.
Anestesiada eu vejo apenas vultos,
Com suas lâmpadas de harmonia apagadas,
Sem sonhos muito altos.

(minha autoria).