Entre soluços e calabouços de desespero
Breus de medo e cacos de vidro
Rachaduras expostas, queimaduras à mostra
O sorriso, a quem visse, parecia falso, fingido
Como uma boneca de porcelana
Com desenhos de alma impura
Qualquer um que a avistasse
De longe diria, falsidade
Estátua marmórea, um grande plágio
Peça de teatro ensaiada simetricamente
Onde a cortina foi fechada a força
E os pássaros cantavam sobre o túmulo
Onde ela, sorria maleficamente
Provando o sabor do fim da vida.