quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Luzes da noite

Seus olhos refletiam as sórdidas luzes da noite, tão encantada noite. Eu havia percebido esses traços lustrosos e magníficos de sua pele, mas seu toque naquele instante me deixou nas estrelas, eu admirava a lua cantar para nós dois. O palco se mostrava lotado de almas vagas, onde ultrapassavam as luzes amarelas. E eu, choramingava para o céu azulado, eternizasse aquele momento, pois eu, amor, me eternizei em ti. Em cada volta de seu coração, nesses olhos verdes, deixe-me apagar memórias de outrora, e me escondi em tuas mãos. O contorno das árvores era visto pelas luzes à sua volta. E nem sabia quem mais reluzia, meu amor, ou as estrelas, minhas estrelas, aquelas que você buscou e colocou ao meu redor, como auréolas iluminando meu caminho. Suas promessas passeavam através da brisa, como borboletas azuladas, que embrulhavam meu coração, e acorrentaram qualquer ponta de fuga. Pois eu poderia fugir, amor, para os campos, ou o mar, para poder amar, te amar, longe dessas luzes tão artificiais perto do nosso brilho.
Essas incandescentes lágrimas que escorrem entre minha face, tombam em minhas mãos, e se fundem aos orvalhos de manhãs que perduraram na minha memória nostalgicamente. Aos pés desse épico amor, as luzes me cegaram para a vida, estou em fantasia com você, amor. Vejo apenas, esses pássaros cantantes, ouço seus afagos que me sussurram por ora, e faíscam em meu olhos.
E eu, aqui solitária, revivo noite passada, como cortinas transparente que sejam meus olhos, onde deixei tuas últimas lágrimas. Ah... amor, se pudesse ver o mesmo que eu, em dúvida mortal, vejo esses cálices de paixão transbordando em tua boca. E bebo um pouco deles, pouco de amor, pouco de alegria, pouco de medo. Talvez um gole a mais nessa noite, não me fará mal algum, mais ilusões com você, amor sonhado.