Espasmos de querer ver-se novamente cercavam sua madrugada e
a agulha costurava suas mãos. Bordou a cama e deitou-se no chão, para aprender
se quer a poetizar sobre ti mesma, e fracassou. Não soube, não lutou, não
conseguiu, e não pôde. Leves e tiritantes arrepios de querer perdoar e ver-se,
e amar-se, e não venceu. Tenta mostrar-se e não há forças. Há algo trancafiado,
isso há! Há um tom a mais na cor da pele, e um feixe de luz que nãos se mostra
quando se esconde, e volta a brilha, e faz-se pequena, curvilínea, curta e de
curvas que tonteiam, mostra o brilho, deixa a vontade com saudade e se vai.
Espasmos da madrugada, de quem não compreendendo, não sabe
mostrar-se ao amor, e muito menos ao menos. Não sabe sorrir, e quando mostra os
dentes se assusta quase se espanta ao abrir a alma de vidro entre tantas de
pedra. Quase não mira, e sua retina esconde-se de tantas luzes que desaprende a
brilhar. Espera para mostrar-se, constantes tiritares de querer ver a
longevidade de um sorriso, não seu, não dele, de algo, que há muito está
trancafiado.